Seis filmes brasileiros concorrem à vaga para Oscar 2026

A Academia Brasileira de Cinema (ABCAA) divulgou na segunda-feira (08/09) a lista das produções finalistas para representar o país na categoria Melhor Filme Internacional, no Oscar 2026. O resultado final será no dia 15 de setembro, após reunião da Comissão de Seleção da ABCAA, que é composta de 25 membros, todos profissionais do ambiente cinematográfico brasileiro, mas não necessariamente associados à Academia.

Os filmes selecionados são:

• Baby, de Marcelo Caetano
• Kasa Branca, de Luciano Vidigal
• Manas, de Marianna Brennand
• O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho
• O Último Azul, de Gabriel Mascaro
• Oeste Outra Vez, de Erico Rassi

Após a seleção, o filme escolhido será avaliado pela  Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que poderá ou não indicar a obra para a disputa oficial. A cerimônia está marcada para acontecer no dia 15 de março e 2026, no tradicional Dolby Theatre, em Hollywood.

Um dos fortes candidatos para concorrer ao Oscar é o filme O Agente Secreto, que foi aclamado no Festival de Cannes e recebeu duas premiações: o de Melhor Diretor, para Kleber Mendonça Filho, e de Melhor Ator, para Wagner Moura. Outras produções também foram premiadas de forma significativa, como O Último Azul, que ganhou o Urso de Prata em Berlim e Oeste Outra Vez, que conquistou o Kikito de Melhor Filme no Festival de Gramado.

A trajetória do cinema brasileiro no Oscar começou em 1962, com a indicação de O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, a Melhor Filme Estrangeiro, após conquistar a Palma de Ouro em Cannes. Outras produções brasileiras seguiram na disputa: O Quatrilho (1996), de Fábio Barreto; O Que É Isso, Companheiro? (1998), de Bruno Barreto; e Central do Brasil (1999), de Walter Salles, que também projetou Fernanda Montenegro como a primeira brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz.

Em 2004, Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, surpreendeu ao receber quatro indicações em categorias principais, incluindo Melhor Diretor e Roteiro Adaptado, embora não tenha concorrido como Filme Estrangeiro.

O grande marco recente veio em 2025: o Brasil conquistou seu primeiro Oscar com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, e Fernanda Torres recebeu  indicação ao Oscar de Melhor Atriz, retomando a visibilidade do cinema brasileiro na premiação internacional.