Pela primeira vez desde a introdução do formato, o Brasil não sediará uma sprint na Fórmula 1.
Como uma forma de deixar os finais de semana de corrida mais dinâmicos e oferecer mais pontos aos pilotos, as corridas sprint foram introduzidas na Fórmula 1 em 2021. São provas mais curtas, com 100 km de percurso e duração entre 25 e 30 minutos.
Ao todo, acontecem seis corridas sprint por temporada. Quando elas estão no calendário, o formato do fim de semana muda: na sexta-feira há um treino livre e uma sessão classificatória; no sábado, ocorre a sprint e uma segunda classificatória; e no domingo, a corrida principal.
Nem todos os pilotos e equipes são favoráveis a esse formato, já que ele oferece apenas uma oportunidade de treino em pista para coletar dados e definir o melhor acerto do carro ao longo do fim de semana.
Desde a sua introdução, as corridas sprint foram realizadas anualmente em Xangai (China), Miami e Austin (Estados Unidos), Spa-Francorchamps (Bélgica), Interlagos (Brasil) e Lusail (Catar). No entanto, nesta segunda-feira, 16 de setembro, a Fórmula 1 anunciou oficialmente a mudança dos locais das sprints a partir de 2026.
A mudança já havia sido especulada no fim de julho deste ano, mas somente agora veio a confirmação oficial: a partir de 2026, o Brasil está fora do calendário de corridas sprint. No GP de Interlagos, o formato volta a ser tradicional, com três treinos livres, uma classificação e a corrida no domingo.
Além de Interlagos, também deixam de sediar corridas sprint Spa-Francorchamps (Bélgica), Austin (Estados Unidos) e Lusail (Catar). No lugar deles, entram quatro novos palcos: Montreal (Canadá), Silverstone (Inglaterra), Zandvoort (Holanda) e Marina Bay (Singapura).
Calendário oficial das corridas sprint de 2026:
China (Xangai) → 13 a 15 de Março
Miami (EUA) → 1º a 3 de Maio
Canadá (Montreal) → 22 a 24 de Maio
Silverstone (Inglaterra) → 3 a 5 de Julho
Zandvoort (Holanda) → 21 a 23 de Agosto
Singapura (Marina Bay) → 9 a 11 de Outubro
Essas mudanças geraram grande descontentamento entre os fãs, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. A principal crítica é transformar um clássico como o GP de Silverstone em um final de semana de sprint, além de incluir uma corrida extra em Singapura, uma das pistas mais desgastantes fisicamente para os pilotos.
Com altas temperaturas e grande umidade, o circuito de Marina Bay é conhecido por exigir ao limite do condicionamento físico dos competidores. Mesmo sendo disputada à noite, a corrida costuma provocar queda de glicose, desidratação, queda de pressão e superaquecimento corporal, sendo comum que ao menos um piloto passe mal durante o evento.
Com o formato atual dos finais de semana sprint, a corrida precisa acontecer mais cedo para que haja tempo de realizar a segunda classificatória no mesmo dia. Isso fará com que os pilotos corram em temperaturas ainda mais altas, levantando questionamentos entre os fãs sobre a segurança de realizar uma sprint em um circuito tão exigente quanto Singapura.