De acordo com o portal francês Auto Hebdo, o brasileiro estaria entre os nomes cotados pela Alpine para 2026.
Felipe Drugovich é um piloto brasileiro, campeão da Fórmula 2 em 2022. Logo após sua conquista na categoria de base, foi contratado pela Aston Martin para atuar como piloto reserva e de desenvolvimento.
Havia a expectativa de que ele pudesse ser promovido ao posto de titular, e nesse período ele chegou a participar de algumas atividades de pista: substituiu Lance Stroll nos testes de pré-temporada em 2023, após o canadense sofrer um acidente de bicicleta e fraturar ambos os pulsos, além de participar de sessões de treinos livres em diferentes GPs. Em outras ocasiões, também foi cogitado como substituto de Fernando Alonso no GP de São Paulo de 2024 e de Stroll no GP do Canadá, embora nenhuma das oportunidades tenha se concretizado.
Mais recentemente, Drugovich competiu na Fórmula E pela equipe Mahindra Racing, e também disputou as 24 Horas de Le Mans pela equipe Cadillac e chegou a ser apontado como forte candidato a uma vaga de titular na equipe que fará sua estreia na Fórmula 1 em 2026, mas acabou não sendo escolhido.
As vagas na Fórmula 1 para 2026 são escassas, e muitas delas tendem a ser ocupadas por pilotos que já estão na categoria e apenas precisam renovar seus contratos. No entanto, a situação da Alpine é diferente: a equipe já passou por dois pilotos ao longo da temporada de 2025, e não há garantias de que Franco Colapinto seguirá como titular em 2026. Da mesma forma, também não está assegurado que a vaga será assumida pelo outro piloto reserva, Paul Aron, que ainda não possui experiência na Fórmula 1.
Com isso, o jornalista francês Cyprien Julihard compartilhou sua análise: diante do atual cenário da Alpine, marcada por mudanças internas e pelo rompimento com a Renault ao fim desta temporada, Felipe Drugovich surge como um excelente candidato ao segundo assento da equipe, formando dupla com Pierre Gasly.
Segundo Julihard, Drugovich reúne a experiência que a Alpine procura, e ele considera uma anomalia o fato de o brasileiro ainda não ter recebido uma oportunidade oficial na Fórmula 1. O jornalista ainda destacou a ascensão rápida de Drugovich nos monopostos, descrevendo-a como “o brilho de uma joia, mantida bem escondida pela Aston Martin.”
A temporada de 2026 da Fórmula 1 será marcada por um novo regulamento técnico, com mudanças significativas nos motores, nas baterias e na gestão de energia. Esses fatores colocam Felipe Drugovich em evidência, já que o brasileiro acumula experiência não apenas na Fórmula 1, mas também no Hypercar e na Fórmula E, categorias que já exploram justamente esses aspectos que passarão a ser decisivos na F1.
Em declaração recente sobre a mudança de regulamento, Drugovich destacou como sua bagagem pode se tornar uma vantagem:
“O próximo ano será focado principalmente no motor, na bateria e na economia de energia, e essa é essencialmente toda a experiência que adquiri no Hypercar e na Fórmula E.”
Ainda que o nome de Felipe Drugovich seja citado nos bastidores, e sua experiência o coloque em posição estratégica diante das mudanças que se aproximam, a definição sobre a vaga da Alpine para 2026 segue completamente em aberto.