Com duas horas de duração e seis bandeiras vermelhas, a sessão bate recorde de mais longa da Fórmula 1
Na manhã de sábado, 20 de setembro, aconteceu a classificatória no circuito de Baku, e o resultado foi completamente inesperado, formando um dos grids de largada mais diferentes da temporada inteira.
A primeira bandeira vermelha foi causada por Alex Albon, que bateu no muro e precisou ter o carro retirado da pista. A segunda foi provocada por Nico Hülkenberg, que também acertou o muro e quebrou a asa dianteira. Apesar disso, conseguiu levar o carro até o box para a troca da peça, mas não avançou ao Q2.
A terceira bandeira vermelha aconteceu ainda no Q1, quando Franco Colapinto, em volta rápida, não desacelerou após uma bandeira amarela causada por Pierre Gasly, que havia ido parar na área de escape. Colapinto acabou acertando o muro e encerrou a primeira parte da sessão.
No Q2, a quarta bandeira vermelha foi provocada por Oliver Bearman, que também bateu no muro. Já a quinta aconteceu no Q3, causada por Charles Leclerc, vítima da pista úmida devido à chuva inesperada. Curiosamente, todas as batidas de Leclerc em Baku ocorreram na mesma curva, a T15.
A sexta e última bandeira vermelha foi causada por Oscar Piastri, praticamente definindo o grid de domingo. Apenas três pilotos tinham conseguido registrar tempos quando o australiano bateu. Max Verstappen e Lando Norris estavam completando suas voltas, mas precisaram abortá-las. Assim, Carlos Sainz chegou a sonhar com sua primeira pole pela Williams.
Com o carro de Piastri retirado e a chuva passando, a FIA liberou a pista novamente. Nos minutos finais, ficou evidente que a pista estava evoluindo volta após volta. Aproveitando a oportunidade, Verstappen, o último a entrar, e com pneus novos, garantiu a pole position.
A McLaren, por outro lado, voltou a errar na estratégia com Norris. O piloto foi mandado para a pista escorregadia com pneus macios usados, mesmo tendo dois jogos novos disponíveis. Além disso, saiu sozinho, sem aproveitar o vácuo de outros carros, sofrendo com a falta de aderência.
Andrea Stella, chefe da McLaren, em entrevista, se recusou a assumir a responsabilidade pelo erro. Questionado sobre a decisão de mandar Norris primeiro, mesmo com a expectativa de evolução da pista, afirmou:
“Potencialmente a pista poderia ter evoluído carro após carro.”
No fim, ficou claro que a pista realmente evoluiu: Verstappen aproveitou e conquistou a pole. E por conta deste erro, a McLaren se vê longe de conquistar o Campeonato de Constrotures este final de semana.
Esteban Ocon, que havia se classificado em P18, foi desclassificado por irregularidade na asa traseira e largará em último.
Ainda não foi definido se os carros que sofreram acidentes durante a classificatória terão de largar do pitlane ou se conseguirão ser reparados a tempo para a corrida, marcada para amanhã, 21 de setembro, às 08h.